Querida Adelaide – Parte II

28-02 a 09-03

Na segunda-feira dia 2, fui com a Sara ao South Australian Museum, um museu de história natural, com uma extensa colecção de artefactos aborígenes (aquilo que me fez querer visitar este museu).
Gostei muito desta exposição (acabei por não ter tempo de visitar as outras secções do museu), porque me permitiu aprender mais sobre a interessante cultura aborígene.

Depois, passeei pelo centro da cidade, absorvi a energia e fui até Chinatown, onde me senti na Ásia. Até os turistas tinham fácies asiática!

No dia seguinte, a Sara e eu começámos o dia com um free walking tour muito informativo e divertido pelo centro de Adelaide. Chamaram-me a atenção as numerosas obras de street art, que é criada legalmente, depois de o artista conferenciar com o dono do edifício. Óptima ideia, não é?

Obra legal de street art no centro de Adelaide.

Depois, almoçámos no mercado central de Adelaide, onde há bancas com produtos frescos e comida de várias latitudes. Optámos por uma banca colombiana e, depois, regalei-me com uma bubble waffle, que apenas difere esteticamente das waffles tradicionais (senti-me enganada!).

Nessa tarde, visitámos o Migration Museum, que informa sobre as migrações para a Austrália. Chocou-me saber que, no início do século XX, se pretendeu criar/manter uma “white Australia“. Assim, eram colocados entraves à imigração de pessoas originárias de países ou etnias indesejados. Uma das técnicas passava por submeter o migrante a um ditado numa língua para si desconhecida!

Depois de visitar o museu, voltei ao centro nevrálgico da cidade, o Rundle Mall. Adoro a energia desta rua! E aproveitei para fazer umas compras, nomeadamente uma rede mosquiteira, da qual necessitaria em breve.

Três dos engraçados quatro porcos de bronze instalados em Rundle Mall.

Dado que as lojas fecham às 18 horas, aproveitei para visitar a exposição Without Consent na State Library of South Australia (uma das poucas actividades disponíveis neste horário). Esta exposição debruça-se sobre o fenómeno das adopções forçadas que tiveram lugar na Austrália entre 1950 e 1975. Pelos vistos, nesta fase, apesar de haver apoios para as mães adolescentes e/ou solteiras, muitas destas mulheres (e homens) foram forçadas a prescindir dos seus direitos parentais e entregar aos seus filhos para adopção. Fiquei chocada! Este fenómeno foi tão generalizado que, em 2013, a primeira-ministra da altura, Julia Guillard, pediu publicamente perdão às vítimas.
Nota-se que existem feridas na sociedade australiana (a forma como os indivíduos aborígenes foram tratados, a política de “white Australia“, estas adopções forçadas), mas parece haver um esforço no sentido de reconhecer e trazer alguma reparação às vítimas.

Mais tarde, a Sara e eu seguimos para o Garden of Unearthly Delights, para um espectáculo no âmbito do festival Adelaide Fringe. Optámos por uma sessão de stand up comedy, por Georgie Carroll, uma ex-enfermeira que agora se dedica à comédia. E faz ela muito bem, porque gostei muito do espectáculo, apesar de só ter percebido cerca de 80% do conteúdo (a Georgie tinha um sotaque cerrado muito peculiar).

Na quarta-feira, passei o dia em Kangaroo Island.
Na quinta-feira, o dia foi mais relaxado, para recuperar do dia em Kangaroo Island e preparar-me para uma aventura no South Australian Outback.
Ainda assim, almocei em Rundle Mall com a Sara e dei um pulo aos Adelaide Botanic Gardens – enormes e muito bonitos!

Nos bonitos Adelaide Botanic Gardens.

Entretanto, já tive de comprar um cartão de memória para o telemóvel, porque já esgotei a memória disponível, com tantas fotos que tenho tirado.

Publicado por Halterofilista

Fiz um ano sabático e ocupei parte do meu tempo livre com uma viagem à Austrália.

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